quinta-feira, 3 de novembro de 2016

TRUE DETECTIVE – 1ª TEMPORADA E “O REI AMARELO”

A primeira temporada de True Detective apresentou dois detetives, Rustin Cohle (Matthew Mcconaughey) e Martin Hart (Woody Harrelson), os quais perseguem um serial killer no estado de Louisiana durante 17 anos.
A série foi campeã de audiência e crítica, além de vencer mais de uma dezena de premiações. A atuação da dupla foi impecável e Matthew Mcconaughey, vencedor do Oscar de melhor ator em 2014, mostrou que realmente é um excelente ator, porém Woody Harrelson não deixou a desejar.
Eu sempre gostei de séries, mas só fiquei fanático depois de assistir Breaking Bad. Lembro que achava Breaking Bad a melhor série de todas, até que conheci House of Cards e, recentemente, True Detective.
True Detective aborda um período de 17 anos (1995-2012) e o telespectador acompanha essas mudanças temporais, por meio de dois interrogatórios - Martin e Rust relatando os acontecimentos. Na linha do tempo mais atual, ambos deixaram a carreira na polícia e seguiram rumos diferentes. Através das narrativas de Rustin e Martin, conhecemos a histórias dos dois ex-policiais e os motivos que os levaram a não se falarem mais.  
A cada pista, os policiais percebem que a investigação está longe de ser considerada um caso normal.
Rust é um homem pessimista e atormentado por estranhas alucinações, decorrentes do uso de drogas (período em que trabalhou como infiltrado). Apesar de ser um excelente policial, Rust é considerado um louco pelos demais.  
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Rust em dois momentos: 1995 e 2012.
Já Martin, é o típico policial durão e contador de piadas. Ele é casado e pai de duas meninas. O contraste entre as personalidades dele e de Rust é evidente e isso concede mais carisma aos personagens. Martin julga muito Rust e Rust despreza o mundo inteiro e, a cada episódio, fica claro que ambos são imperfeitos. É essa imperfeição que torna a série tão especial.
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Mart em dois momentos: 1995 e 2012.


Trailer da primeira temporada – Legendado em PT. Os diálogos impecáveis e o contraste entre os protagonistas foi o grande acerto.
 
Rust vislumbra o que poderia ser mais uma de suas alucinações.
Frases memoráveis
“Eu não durmo. Eu apenas sonho.” – Rust
“Se a única coisa que mantém uma pessoa decente é a expectativa de recompensa divina, então meu irmão, essa pessoa é um pedaço de 
merda.” – Rust
“Passado uma certa idade, um homem sem família pode ser uma coisa ruim.” – Martin
“Rust compraria uma briga com o céu, caso ele não gostasse de seu tom de azul.” – Martin
Segunda temporada – Sem Rust e Martin
A próxima temporada apresentará uma nova narrativa e serão três novos protagonistas, não dois, entre eles uma mulher. O que sabemos é que a a próxima temporada ocorrerá na Califórnia. Colin Farrell será Ray Velcoro e Vince Vaughn encarnará Frank Semyon.

Curiosidades
Na série True Detective, são citados várias vezes os termos “Carcosa” e “O Rei Amarelo“. Mas, afinal, quem é esse Rei? O Rei Amarelo é uma das formas (avatares) pela qual se apresenta a entidade conhecida nos Mitos de Cthulhu como Hastur, a Voz do Caos. Tal ser, de poder divino e capaz de trazer o horror e a desgraça a todos aqueles que ousarem adentrar em seus mistérios, foi originalmente apresentado no livro “O Rei Amarelo” (The King in Yellow), escrito por Robert W. Chambers em 1895 e considerado até hoje uma das maiores obras primas do terror.
O livro é divido em quatro contos, e gira em torno do Rei de Amarelo, figura central em uma peça teatral que torna todos aqueles que tenham contato com ela completamente insanos. Chambers foi influenciado por um conto de Ambrose Bierce, chamado Um habitante de Carcosa, e tempos depois, Lovecraft assimilou alguns destes elementos de Bierce e de Chambers – como a cidade de Carcosa, O Rei de Amarelo e o Símbolo Amarelo (Yellow Sign) -, incorporando-os ao universo dos Mitos de Cthulhu. O escritor August Derleth tornou Hastur um dos Grandes Antigos e umas das crias de Yog-Sothoth
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Genealogia (incompleta) do Panteão de Lovecraft.
Já Carcosa é uma cidade fictícia, cujo nome pode ser derivado da cidade Carcassonne, na França. Apesar de especulações, não é possível saber se Carcosa corresponde a algum lugar na Terra ou a outro mundo.
A cidade de Carcosa.
Avatar de Hastur.
Conheça a origem do terror cósmico
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No Brasil, a Editora Clock Tower (conhecida pela belíssima antologia de contos de H. P. Lovecraft) produziu uma edição de luxo de “O Rei de Amarelo”. Uma edição limitada (menos de mil exemplares), voltada para colecionadores, e com um acabamento impecável: capa dura, laminação brilhante, fita marcadora de página e papel tipo pólen. Além do conteúdo original, o livro conta também com diversos bônus: tradução inteiramente nova, uma biografia completa inédita do autor (Robert W. Chambers), ilustrações internas exclusivas, contos exclusivos e que inspiraram Chambers (como “A Máscara da Morte Rubra”, de Edgar Allan Poe, e “Um Habitante de Carcosa”, de Ambrose Bierce), entre outras coisas. Os compradores do livro também ganharam um ebook , contendo 6 outros contos complementares de Chambers e que foram acrescentados posteriormente à obra original.
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